Ela estava tão cansada de tudo aquilo só que ninguém percebia que todos aqueles sorrisos distribuídos ao longo de um dia eram tão dolorosos que pareciam inflamar seu rosto. Como se sorrir fosse um hábito, como se ela não gostasse daquilo mas soubesse que era necessário.
Ali estava frio, congelando aquelas duas pequenas almas que insistiam em algo que não queria mais existir, algo prestes a morrer.. - por que não tentar? - eles pensavam que era simples assim, que dependia somente deles. Pobres personas idealistas e otimistas.
Foi então que ele se sentou e permaneceu ali, só por estar, apenas coexistindo, indo contra tudo aquilo que ela acreditava ser. Então começaram os sinais, sim, ela deu todos os sinais e tentou resolver aquilo da maneira que parecia mais lógica só não sabia que estava invisível.. não existia mais e ele nunca disse como eles foram parar lá.
Tentando de todas as maneiras desesperadas voltar ao ponto de partida e mostrar que o ar que respirava vinha dele e sem ele não poderia mais viver, não haviam meios de permanecer ali para qualquer outra coisa. Era óbvio, natural e cruel.
Resolveu tentar cortar o cordão que antes os unira ali mas era mais forte do que ela imaginou, um elo tão denso que era impossível de ser rompido por mais que estivesse sofrendo, morrendo, essa ligação permanecia ali e ambos sabiam que não poderiam ir a lugar algum pois a busca já havia terminado a tempos e a linha de chegada era o ponto de encontro entre ele e ela.
Definhando, ela tentava inutilmente resolver tudo e escrevia os sinais na parede branca mas ele não conseguia ler, era impossível virar enxergar todas as coisas que ela tinha escrito e baixinho ele chorava de desespero pois sabia que parte sua estava escapando dele como água escoando pelo vão dos dedos de uma criança sedenta. Como salvar quem se ama? Como não sofrer por aquilo que já parte sua e começa a morrer na sua frente?
Era difícil para ele também, ela sabia mas não entendia.. como chegaram até ali? Por que pegaram um caminho que não havia mais volta?
Sentada no chão frio e limpo ela tentava imaginar como seria sem ele, mas era simplesmente impossível. Era como imaginar-se sem um braço ou uma perna, eram parte um do outro e o sofrimento aumentava a medida que os fatos iam se agravando e eles percebiam.
Um último apelo, uma respiração fraca e ofegante. O último olhar, ela havia partido e o elo permanecia fazendo com que a dor tornasse tão grande a ponto de não conseguir manter-se em pé.
Naquele momento ele descobriu. Amar é ver quem se ama morrer.
Quem vai te ver morrer?
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Há 4 anos
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