Quando eu fico assim, sentada aqui pensando no que dizer, querendo controlar as coisas estranhas que eu sinto, o olhar fixo na parede branca, fico imaginando por que as coisas acontecem assim na minha vida. Tão de repente, tão facilmente..
Fico pensando em minhas inseguranças, sem saber amar, sem me apaixonar, remoendo pequenos problemas e fazendo deles um elefante que pisa em cima de mim sem me deixar chances de respirar. O tipo de coisa que me incomoda demais talvez, mais do que deveria.
Tão covarde, tão vazia. Eu deveria ser assim?
Uma coisa sem explicação simplesmente sem fundamento mas que eu não consigo deixar pra trás, um vazio estranho que nunca se vai, que nunca acaba só se camufla por trás de um sorriso tão falso quanto a vontade que eu tenho de sair de casa todos os dias, tão estranho quanto o desejo de sumir da face da Terra. Seria tudo mais fácil se eu pudesse controlar o turbilhão que está dentro de mim constantemente e inconscientemente.
Saudade, raiva e lembranças ruins embalam essas noites onde não tenho para onde fugir. Sou meu pior inimigo, dona de um senso auto-crítico degradante.
E todas essas palavras saem bagunçadas, não estou pensando direito, não consigo transformar o que sinto em palavras. Curtas, vazias e ásperas palavras que magoam, machucam, fazem de mim o que sou. Mostram a insegurança e o medo, duas coisas que não querem sair de dentro de mim, uma maneira de proteger? Eu acho que não mas como me convencer disso, como deixar pra trás tudo o que eu aprendi e me aventurar em um desafio tão grande que não cabe dentro do meu mundo, dentro do meu vazio particular.
Tão vulnerável, tão fraca... isso precisa mudar. Mas como?
Dizem que escrever é o mal dos solitários, a válvula de escape de quem não tem para onde correr, de quem não tem onde chorar.. começo a acreditar que é verdade e eu não tenho com quem conversar, todas as conversas parecem tão vazias, as lágrimas tão inossas e a solidariedade alheia me parece tão falsa. Plástico demais para mim, bonito demais para ser verdadeiro.
Os velhos amigos tão confiáveis me deixam pouco a vontade e me fazem calar, as palavras não saem e eu me sinto tão 'reclamona', tenho 2 pernas, 2 braços, nenhuma doença genética, nada que me faça ser diferente das pessoas normais por fora. Mas cada um sabe a dor de si e minha dor parece tão sem fundamento, tão vazia que não sinto vontade de contar para os amigos, eles já tem problemas demais. Não quero preocupar ninguém, mas não quero guardar tudo isso para mim então o que fazer? Para onde correr?
Cada um sabe da dor de si...
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Há 4 anos
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